Biossegurança e equipamentos de proteção nos consultórios
Neste momento de pandemia, precisamos reforçar ainda mais as medidas de biossegurança e a utilização de equipamentos de proteção individual em nossos consultórios. Afinal, todos os pacientes têm potencial de serem transmissores do Sars-CoV-2, agente etiológico da Covid-19. E nosso trabalho envolve contato direto com a saliva, sem contar com os aerossois, que nos deixam ainda mais expostos aos vírus.
Sendo assim, aqui estão algumas dicas dos professores da Faculdade São Leopoldo Mandic, Dra. Almenara de Souza Fonseca e Dr. Victor Montalli, responsáveis pela produção do e-Book ‘Orientações em Odontologia sobre Proteção Respiratória em Tempos de Covid-19’:
- Durante os atendimentos, todos os cirurgiões-dentistas devem utilizar equipamentos de proteção respiratória, ou seja, o conjunto de itens que protegem as vias aéreas. Os mais conhecidos são: a N95 e a PFF2. Vale pontuar que esses instrumentos têm capacidade de filtração de aerossois, e até 95% de efetividade.
- A máscara tradicional não é considerada um equipamento de proteção respiratória. Ela protege apenas contra gotículas (perdigotos).
- Cuidado! Aquelas máscaras com válvula são contraindicadas em consultórios odontológicos. Afinal, se o dentista estiver infectado e assintomático, ele vai exalar o ar que respira e liberar o vírus no ambiente.
- Reaproveitar e esterilizar respiradores também não é indicado. É importante que esses materiais sejam substituídos a cada dia. O que pode ser feito para aumentar a vida útil do respirador é: usar uma máscara cirúrgica sobreposta a ele.
- A face shield serve para aumentar as barreiras de proteção e impedir o contato com as gotículas. Mas não substitui o respirador.
- Os óculos com vedamento lateral tornam-se importantes neste momento de pandemia, por conta da alta transmissibilidade da Covid-19 e sua capacidade de se deslocar das superfícies e infectar uma pessoa que coloque a mão nos olhos, na boca ou no nariz. E também por conta do aerossol de odontologia, que levanta muitos micro-organismos.
- Antes de iniciar qualquer procedimento, peça que o paciente faça bochecho com água oxigenada diluída (feita pelos cirurgiões-dentistas).
- É importante desinfetar todas as superfícies (inclusive o chão) dentro do consultório, a cada troca de paciente.
O que pode ser acrescentado
- Medir a temperatura corporal e fazer uma pré-anamnese com perguntas sobre possíveis sintomas da COVID-19. Se o paciente apresentar algo, recomenda-se não o atender e encaminhá-lo ao tratamento específico.
- Desinfetar os sapatos.
O que deve continuar
- Lavar as mãos sempre que puder e/ou passar álcool em gel.
O que não muda
- A esterilização de materiais, já que isso sempre foi uma das maiores preocupações do cirurgião-dentista, a fim de inativar qualquer micro-organismo, entre eles a COVID-19.
- Os cuidados em relação ao equipo.
- A utilização de máscara, avental impermeável com fechamento posterior, touca, óculos de proteção, luvas cirúrgicas.
Lembre-se
O risco de exposição do dentista à COVID-19 é realmente alto, especialmente por causa da manipulação de saliva e também do aerossol utilizado nos consultórios, capaz de espalhar muito mais os vírus. Por isso, redobre os cuidados. Cuide de você, de sua equipe e de seus pacientes!
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