“Recuperamos a vontade das pessoas de sorrir”

Amil Dental e você Por Conexão Dentista - 14/09/21

Próxima de completar 40 anos na profissão, a Odontopediatra Cláudia Vieira Valente acredita ter herdado o dom para o Odontologia de um tio que desejava, mas não chegou a se tornar dentista. “Estou certa de que tenho um dom e credito isso a ele, que ficou tão feliz como se tivesse realizado o próprio sonho quando eu me formei”, lembra. E Cláudia ainda levou o dom adiante, influenciando a irmã - sua parceira no consultório hoje - e a sobrinha - que entrou na UERJ este ano – a seguirem o mesmo caminho. 

Equipada com o dom transmitido pelo tio, Cláudia diz que desde o ginásio tinha interesse pela profissão. Desde cedo observava o dentista que cuidava dos seus dentes, atenta aos detalhes e precisão dos procedimentos, sempre encantada com a mágica de criar sorrisos e autoestima. “Hoje compreendo a importância de recuperar a vontade das pessoas de sorrir”.  

Claudia fez parte da primeira turma de Odontologia da Unigranrio em uma época difícil, com poucas e concorridas alternativas para quem desejava fazer Odontologia. “E logo nos primeiros dias percebi que se tinha estudado bastante para passar no vestibular, teria que estudar bem mais para concluir o curso.” O que não chegou a ser um problema, afinal, já que a aluna gostava de estudar. “Tudo me dava muita satisfação, cada etapa do aprendizado. Eu ainda fazia monitoria, era muito ativa em tudo. Participei, por exemplo, de um trabalho que foi terceiro colocado em um congresso internacional”. 

Saiu da faculdade para uma rotina puxada, trabalhando em mais de uma clínica ao mesmo tempo, fazendo a especialização e planejando o consultório próprio. “Descobri rápido que para ter as coisas funcionando como a gente deseja é preciso ter o nosso negócio”. 

Em três anos iniciou as obras do consultório em que atende os pacientes até hoje, mais de trinta anos depois. Hoje recorda o processo de construção e consolidação, cheio de dificuldades mesmo com a parceria da irmã já nos primeiros anos. “A cada etapa vencida era uma glória porque eu era muito nova, foi difícil. Lá estão meu sangue, suor e lágrimas”. 

No consultório próprio, a dentista afastou um dos poucos receios que tinha em relação à profissão. “Sempre pensei que seria muito solitário, trabalhando sozinha. Mas sempre estive próxima de colegas, aprendendo e trocando ideias. E, principalmente, criei laços com pacientes que atendo há mais de trinta anos. Alguns deles viraram bons amigos. É gratificante ter essa confiança como resultado do nosso trabalho”. 

Após 37 anos, muita coisa mudou, diz Cláudia, mas destaca a disposição para acompanhar as transformações, como quando percebeu a relevância da Odontologia Suplementar e a importância de se adaptar ao modelo. “Hoje entramos na era digital. É mais uma mudança, mas temos que buscar informação e nos atualizar porque vai facilitar as coisas. É inevitável e para melhor”. 

A única coisa que não muda, garante a dentista, é “a minha paixão pela profissão”. “Enquanto tiver saúde não pretendo parar”.

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