Perfil Guilherme Araujo

Gestão Por Conexão Dentista - 04/01/23

Diferentemente de muitos colegas, Guilherme Araújo não teve influência dos pais ou tios para se tornar cirurgião-dentista. “Sou o único da família nessa profissão”, destaca, lembrando que a escolha aconteceu na adolescência, quando o vestibular estava se aproximando, e seguiu critérios objetivos. “Queria trabalhar com saúde, mas, ao mesmo tempo, ter um negócio próprio. E a Odontologia surgiu como uma solução nesse contexto”, resume.

 

Seguindo o planejamento, entrou na Unip, formou-se e teve um início de carreira difícil, como normalmente ocorre. “Trabalhava no consultório de colegas e, ao mesmo tempo, alugava uma sala por período para tentar atender os poucos pacientes que eu fui conquistando. O meu lucro era quase zero, praticamente trabalhava para pagar boletos”, recorda.  

 

Guilherme ficou aproximadamente 10 anos nessa rotina de jornada dupla até conseguir fazer uma especialização em Endodontia. “Isso realmente deu um outro rumo para a minha carreira. A partir daí, mudei todo o ponto de vista profissional e tive a oportunidade de começar a lecionar em cursos de pós-graduação”, explica.

 

Para o cirurgião-dentista, trabalhar em uma especialidade é um diferencial que facilita “buscar a excelência no atendimento”.  E, ao mesmo tempo, estimula o negócio, pois “recebo indicação de colegas que não trabalham com Endodontia, e até mesmo de colegas endodontistas quando o caso é mais complexo”. Essa dinâmica, ele completa, funciona inclusive dentro do ecossistema do plano odontológico.

 

Guilherme diz que a Endodontia também é base para duas grandes realizações que a carreira está proporcionando, que é participar da transformação digital na Odontologia e transmitir o conhecimento para outros cirurgiões-dentistas. “Atualmente, tenho a possibilidade de trabalhar com tecnologia de ponta na minha especialidade, o que torna o trabalho mais prazeroso e previsível. E poder compartilhar minha experiência de 22 anos de profissão dando aulas é outra coisa que me faz muito bem”.

 

Entusiasta da inovação na prática odontológica, pondera que, em saúde, as pessoas continuam sendo o principal. “A tecnologia tomou conta de todas as áreas e isso é ótimo, porque obriga o cirurgião-dentista a se manter sempre atualizado para não ficar para trás. Por outro lado, a disponibilidade de tecnologia muitas vezes pode passar a impressão de que os novos aparelhos podem resolver tudo, o que é um erro. O mais importante é quem manipula os equipamentos, sempre com capacidade para tomar decisões clínicas baseadas na ciência”, avalia.

 

Após mais de duas décadas, Guilherme diz pretende diminuir o ritmo no futuro, mas evita falar em aposentadoria. “Acho que posso me mudar para o interior de São Paulo e curtir um pouco mais os frutos do meu trabalho. Mas sem deixar de praticar a Odontologia. Amo o que faço”, finaliza.

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